Fim do Novo Ensino Médio, mudança de currículo e orçamento maior: veja o que deve entrar no Plano Nacional de Educação
por robson.morrodochapeu ·
O Plano Nacional de Educação (PNE) está passando por uma série de discussões e propostas significativas na Conferência Nacional de Educação (Conae). Um dos pontos de destaque é a sugestão de fim do Novo Ensino Médio e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), juntamente com a renovação e ampliação das metas do atual PNE, em vigor até 2024.
Durante as discussões da Conae, diversas entidades da sociedade civil, incluindo associações de estudantes, sindicatos de profissionais da educação e movimentos sociais, têm contribuído para a redação do documento final, que ainda está em processo de elaboração.
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Entre as propostas que surgiram estão o fim do Novo Ensino Médio, que tem sido alvo de críticas por parte de especialistas, professores e alunos desde sua implementação em 2022. Além disso, há a revogação da BNCC, substituindo-a pela construção de um novo projeto curricular. Também se destaca a proposta de ampliar a educação em tempo integral para pelo menos 50% dos estudantes, garantindo um mínimo de sete horas de ensino diário.
Uma das mudanças mais significativas é a ampliação da meta para vagas em tempo integral, com a proposta de que metade dos estudantes brasileiros tenham acesso a esse modelo. Além disso, propostas do antigo PNE, como a universalização da pré-escola a partir dos 4 anos e o triplo de matrículas na educação profissionalizante no Ensino Médio, serão renovadas.
O documento final da Conae será a primeira versão do próximo Plano Nacional de Educação (PNE), que será encaminhado ao Ministério da Educação (MEC) para possíveis alterações antes de ser enviado ao Congresso Nacional, onde também poderá sofrer modificações.
Durante o encerramento da conferência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância do diálogo com os parlamentares para a aprovação das propostas, enfatizando a necessidade de competência e habilidade para convencer aqueles que não compartilham das mesmas ideias.
Por outro lado, o ministro da Educação, Camilo Santana, foi alvo de protestos durante o evento, evidenciando a polarização de opiniões em relação às políticas educacionais propostas.